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Financiamento sem entrada mostra como você pode comprar sua casa ou seu carro sem dar entrada e o que isso muda no seu bolso, nos juros e no contrato. Você vai ver principais características, diferenças para consórcio, benefícios práticos, riscos a revisar e como encontrar taxas baixas. Também explica opções para autônomos, quem tem nome sujo, alternativas consignadas e onde simular propostas no Brasil. Use este guia para tomar uma decisão clara e segura sobre seu crédito.
Principais conclusões
- Você pode obter financiamento sem entrada, mas pode custar mais.
- Seu histórico de crédito influencia muito a aprovação.
- As parcelas tendem a ser maiores ou o prazo mais longo.
- Verifique taxas, seguros e custos adicionais antes de assinar.
- Negocie ou junte entrada se quiser pagar menos.
Financiamento sem entrada: o que é e como funciona para você
O financiamento sem entrada permite que você compre um imóvel ou carro sem pagar a parcela inicial à vista. A instituição financia (total ou quase total) o bem e você começa a pagar em prestações mensais. A vantagem é chegar à casa própria ou ao carro mais rápido; a desvantagem típica é juros mais altos e maior comprometimento da renda.
Para conseguir esse tipo de operação, a instituição avalia renda, score de crédito, o bem (valor e documentação) e o prazo. As parcelas podem ser maiores ou o prazo mais longo para manter o valor mensal dentro do seu orçamento. Fique atento ao Custo Efetivo Total (CET): ele mostra o custo real do crédito, incluindo taxas e seguros.
Antes de assinar, simule propostas, peça o contrato completo e verifique cláusulas sobre aumento de juros, tarifas administrativas e exigência de seguro. Assim você evita surpresas e decide com clareza se o financiamento sem entrada é o certo para você. Para comparar propostas e começar simulações, consulte ferramentas específicas de financiamento de imóvel e de crédito imobiliário. Também vale olhar o Simulador e informações sobre financiamento habitacional da CAIXA.
Principais características do financiamento sem entrada
Nesse tipo de operação, o banco cobre 100% (ou quase) do valor do imóvel/veículo, o que impacta diretamente o valor das parcelas e o custo total. A garantia costuma ser o próprio bem, e o contrato inclui seguro que protege a instituição e, parcialmente, você.
Documentação típica: contracheques, declarações, comprovantes de residência e documentos do bem. Se o banco julgar o preço acima do mercado, pode recusar ou financiar um valor menor. Sempre faça simulações em várias instituições e compare CET, prazo e condições de amortização.
- Compare o CET, prazo e condições de amortização em pelo menos três bancos antes de decidir — e verifique a taxa de juros do financiamento imobiliário em cada proposta.
Diferença entre financiamento sem entrada e consórcio
A principal diferença é o imediatismo: com financiamento sem entrada você pode ocupar o imóvel assim que a documentação for liberada; no consórcio, precisa ser contemplado (por sorteio ou lance). O consórcio costuma ter custos menores por não cobrar juros tradicionais — há taxa de administração e outros encargos; entenda como funciona o sistema de consórcio.
No financiamento há juros e seguro, que encarecem o custo total; no consórcio, o custo depende da taxa de administração e do fundo comum. No consórcio você contribui até ser contemplado; no financiamento você assume parcelas fixas ou reajustáveis desde o início. Para entender melhor as opções de crédito, compare as alternativas no conteúdo sobre crédito imobiliário e financiamento.
Item | Financiamento sem entrada | Consórcio |
---|---|---|
Aquisição imediata | Sim | Não (depende de contemplação) |
Juros | Sim (pode ser alto) | Não (taxa de administração) |
Custo total previsível | Menos previsível por juros | Mais previsível |
Garantia | Imóvel como garantia | Crédito após contemplação |
Ideal para | Quem precisa do imóvel rápido | Quem pode esperar e quer custo menor |
Dica: se precisa mudar logo, foque em simular financiamentos. Se pode esperar e prefere pagar menos no longo prazo, avalie consórcios.
Definição clara para sua tomada de decisão
Se precisa ocupar o imóvel imediatamente e aceita pagar mais por isso, o financiamento sem entrada costuma ser a escolha. Se pode aguardar e quer reduzir juros, o consórcio pode ser melhor. Analise renda, impacto das parcelas e CET; negocie prazos e taxas.
Benefícios do financiamento sem entrada para comprar sua casa própria
O financiamento sem entrada permite entrar no mercado imobiliário sem esvaziar reservas. Em vez de aguardar anos para juntar entrada, você pode aproveitar oportunidades de preços e bairros em valorização. Isso acelera o plano de ter a casa própria — e em mercados aquecidos esperar pode custar mais.
Outra vantagem é a manutenção da liquidez: ao não usar toda a poupança, você mantém um colchão para emergências, reformas ou negociações. Com capital disponível, consegue arcar com pequenos reparos ou taxas sem recorrer a crédito rotativo. Se for preciso usar recursos para reforma, considere também opções de empréstimo para construção ou reforma.
Por fim, o financiamento sem entrada pode aumentar sua flexibilidade financeira e permitir acesso a programas habitacionais ou subsídios. Porém, compare sempre custo total, prazo e taxa de juros: nem todo negócio sem entrada é vantajoso.
Como o financiamento sem entrada facilita o acesso à casa própria
Eliminar a barreira da entrada encurta o caminho à aprovação do crédito. Você apresenta renda, faz avaliação do imóvel e, se aprovado, começa a pagar parcelas sem desembolsar muito no início. Para muitas famílias, essa é a diferença entre continuar no aluguel e ter imóvel no nome.
A velocidade é outra vantagem: imóveis desejados saem rápido. Com financiamento sem entrada você pode fechar negócio mais depressa e, às vezes, negociar condições melhores com construtoras ou na compra direta — veja opções de empréstimo para compra de imóvel.
Atenção: compare CET e taxas oferecidas por diferentes instituições. Taxas aparentemente baixas podem vir com seguros e encargos que elevam muito a parcela.
Quando é vantajoso preservar sua entrada e usar crédito
Preservar a entrada faz sentido quando o retorno dos seus recursos é maior que o custo do financiamento. Exemplos práticos:
- Reservas que rendem acima da taxa do financiamento.
- Necessidade de liquidez para reformas ou custos de mudança.
- Desejo de usar parte da entrada para quitar dívidas caras (cartão, cheque especial).
- Potencial de valorização rápida do imóvel.
Se algum desses itens é sua situação, preservar a entrada pode reduzir o custo total ou proteger o orçamento — consulte o artigo sobre qual o valor de entrada ideal.
Vantagens práticas para seu orçamento mensal
Sem entrada, as parcelas podem ser maiores ou o prazo mais extenso; ainda assim, você evita sacar toda a poupança. Isso traz previsibilidade: você sabe quanto sai por mês e pode ajustar despesas. Negociando taxa e prazo, o impacto pode ser suave, especialmente com prazos longos e parcelas constantes.
Aspecto | Com entrada | Sem entrada |
---|---|---|
Impacto inicial | Alto desembolso | Baixo desembolso |
Parcelas | Geralmente menores | Podem ser maiores |
Liquidez | Baixa | Alta |
Negociação | Maior poder de barganha | Mais dependência das condições do banco |
Riscos e cuidados ao escolher financiamento sem entrada
Financiamento sem entrada parece mágico, mas traz riscos: valor financiado maior, mais juros compostos ao longo do tempo, maior custo total e maior chance de parcela comprometer sua renda. Bancos cobram seguros, tarifas de avaliação e taxas administrativas — tudo aparece no CET. Para orientações sobre direitos e proteção, veja também o conteúdo do Direitos do consumidor em financiamentos.
Vulnerabilidade a variações de renda é crítica: perda de emprego, redução salarial ou despesas inesperadas tornam parcelas altas perigosas. Se o contrato prevê reajustes por índice (IPCA, TR) ou juros variáveis, a parcela pode subir. Avalie capacidade de pagamento para os próximos 5–10 anos, não só para o mês seguinte.
Atenção: juros altos e prazos longos multiplicam o custo. Faça contas reais antes de assinar.
Como juros e prazos afetam seu custo total
Juros determinam quanto do que você paga é rendimento do banco e quanto amortiza o saldo. Juros maiores aumentam muito o custo. Prazo é faca de dois gumes: mais longo reduz parcela mensal, mas aumenta o total pago.
Exemplo ilustrativo para R$ 300.000 (valores aproximados):
Cenário | Juros anual (aprox.) | Prazo (anos) | Parcela média (R$) | Total pago (R$) |
---|---|---|---|---|
A | 7% | 20 | 2.288 | 549.072 |
B | 12% | 20 | 3.176 | 762.240 |
C | 12% | 30 | 2.943 | 1.059.480 |
Trocar 20 por 30 anos pode reduzir parcela mas quase dobrar o total pago. Compare parcela x total pago, não só a parcela.
Peça simulações com CET detalhado e observe se o contrato usa SAC (parcelas decrescentes) ou PRICE (parcelas fixas). SAC tende a reduzir o custo total; PRICE facilita o orçamento mensal. Para entender melhor impactos de juros, consulte guias sobre taxa de juros do financiamento imobiliário.
Cláusulas contratuais que você deve revisar
Antes de assinar, foque em índice de correção, taxa de juros, multas por atraso, quitação antecipada e vencimento antecipado (o banco pedir a dívida toda se você atrasar X parcelas). A correção por IPCA ou TR pode alterar muito a dívida.
Revise seguro habitacional, tarifa de avaliação, taxa de administração e cláusulas de reajuste unilateral. Peça cópias completas, tire dúvidas por escrito e, se possível, consulte um advogado ou consultor financeiro.
Como reduzir riscos antes de assinar
- Compare ao menos 3 propostas com CET completo.
- Peça simulações com diferentes prazos e sistemas (SAC/PRICE).
- Confirme índices de correção e políticas de quitação antecipada.
- Tenha reserva de emergência equivalente a 3–6 meses de parcela.
- Peça tempo para ler o contrato e consultoria jurídica se necessário.
Financiamento sem entrada de carro: regras e diferenças para veículos
Financiar um carro sem dar entrada é possível, mas financeiras compensam a falta da entrada com juros maiores, prazos diferentes e exigências sobre o veículo. Avalie quanto o parcelamento eleva o custo total e se as parcelas cabem no orçamento.
Instituições pedem comprovação de renda mais rigorosa e podem limitar modelo/ano do carro. Para usados, exigem laudo de avaliação; para novos, as condições costumam ser mais favoráveis. Há risco de desvalorização rápida em usados, que pode gerar saldo devedor maior que o valor do veículo.
Atenção: sem entrada a financeira vê maior risco, o que pode significar restrições ao modelo, parcelas mais altas e risco de perda do veículo em caso de inadimplência.
O que muda entre carro novo e usado
Carro novo: aprovação mais fácil, prazos maiores e taxas relativamente menores. Carro usado: mais exigências, juros maiores, laudo e risco de desvalorização mais rápido.
Critério | Carro Novo | Carro Usado |
---|---|---|
Facilidade de aprovação | Maior | Menor |
Prazo oferecido | Geralmente mais longo | Geralmente mais curto |
Taxa de juros | Menor (relativamente) | Maior |
Avaliação/Laudo | Raro | Frequente |
Risco de desvalorização | Moderado | Mais alto |
Garantias, alienação fiduciária e sua responsabilidade
O veículo costuma entrar como garantia via alienação fiduciária: você usa o carro, mas a propriedade formal é do credor até a quitação. Em atraso, a financeira pode retomar o veículo com menos burocracia. Mantenha seguro (quando exigido), estado de conservação e evite gravar o bem com outras dívidas. Ao vender antes da quitação, negocie com a financeira para transferir ou quitar o saldo.
Pontos que verificar no contrato de veículo:
- Valor total financiado e cálculo das parcelas (juros e CET)
- Prazo e data de vencimento das parcelas
- Condições da alienação fiduciária e retomada
- Exigência de seguro e custos envolvidos
- Multas por atraso e possibilidade de renegociação
Se você tem nome sujo ou score baixo: alternativas de financiamento sem entrada
Mesmo com nome sujo ou score baixo é possível tentar um financiamento sem entrada, mas o custo tende a ser maior. Caminhos práticos: programas sociais, bancos públicos, cooperativas e construtoras que financiam o próprio imóvel. Fintechs também podem oferecer soluções com análise alternativa de crédito.
Alternativas comuns: uso do FGTS, programas governamentais, negociação com construtoras e fintechs. Cada opção tem vantagens e custos: programas podem ter juros menores mas regras de renda; fintechs podem aceitar score baixo mas cobrar mais.
Organize documentos, comprove renda e, se possível, ofereça garantia ou avalista para reduzir o risco e melhorar condições.
Instituições que ofertam financiamento mesmo com score baixo
Três perfis: bancos públicos (programas sociais), cooperativas de crédito (analisam relacionamento) e fintechs/construtoras (análise alternativa, processo digital). Peça simulações com CET e comparação de parcelas; negocie prazos e uso do FGTS — veja opções de financiamento com FGTS.
Instituição | Condições comuns | Vantagem |
---|---|---|
Bancos públicos (ex.: Caixa) | Programas com exigência de renda | Juros menores em programas sociais |
Cooperativas de crédito | Avaliação por relacionamento | Flexibilidade e atendimento local |
Fintechs / Construtoras | Análise alternativa | Aprovação rápida e digital |
Como garantia ou aval pode ajudar
Oferecer garantia (outro bem) ou avalista com nome limpo reduz o risco para o credor e pode abrir a porta para financiamento sem entrada ou taxas menores. Lembre-se: quem oferece garantia/aval assume risco real se você atrasar.
Requisitos mínimos que você precisa cumprir (variam por instituição):
- Documentos pessoais (RG, CPF) e comprovante de estado civil
- Comprovante de renda atual (holerite, contrato, declaração)
- Comprovante de residência recente
- Documentação do imóvel/bem e dados do avalista com comprovação de renda
- Certidões e situação cadastral conforme pedido do banco
Financiamento sem entrada para autônomos: como comprovar renda e aumentar chances
Autônomos podem obter financiamento sem entrada desde que mostrem renda estável e organização. Bancos avaliam comportamento financeiro além de contracheques: extratos, contratos e recibos ajudam. Quanto mais claro o fluxo de caixa, maior a confiança do credor.
Mostre histórico de pagamentos e reserva para imprevistos. Oferecer seguro de renda ou avalista melhora a proposta. Transparência e documentos que mostrem continuidade do trabalho são essenciais. Para orientações específicas, veja o guia sobre financiamento para autônomos.
Dica rápida: organize extratos por mês e destaque recebimentos recorrentes — isso economiza tempo do analista e aumenta suas chances.
Provas de renda alternativas para autônomos
- Extratos bancários (6–12 meses): mostram fluxo de caixa.
- Recibos / Notas fiscais: comprovam serviços.
- Contratos recorrentes: indicam renda previsível.
- Declaração do contador: dá peso técnico.
- Pagamentos via PIX / plataformas: mostram recebimentos reais.
Documento | Por que ajuda |
---|---|
Extratos bancários (6-12 meses) | Mostra fluxo de caixa e recorrência |
Recibos / Notas fiscais | Comprovam serviço prestado |
Contratos recorrentes | Indicam renda previsível |
Declaração do contador | Dá peso técnico |
Pagamentos via PIX / plataformas | Mostra recebimentos reais |
Organização que facilita a aprovação
Tenha cópias de ID, CPF, comprovante de residência, declaração de imposto de renda (se houver) e comprovantes de renda em ordem cronológica. Faça um resumo financeiro (renda média, gastos fixos, reserva) para o analista — isso transmite credibilidade.
Financiamento sem entrada no Brasil: bancos, fintechs e programas públicos
No Brasil, financiamento sem entrada depende da instituição e do programa. Bancos grandes oferecem linhas via SFH e FGTS; fintechs apostam na velocidade e análise por dados. Compare juros, prazo, seguro e condições de amortização — esses pontos definem o valor final.
O sem entrada pode trazer custos embutidos: carência maior, taxas mais altas ou exigência de fiador/alienação fiduciária. Programas públicos podem oferecer subsídios para famílias de baixa renda; fintechs agilizam processos, mas podem pedir garantias alternativas. Consulte conteúdos sobre financiamento imobiliário e soluções do mercado. Para entender critérios e faixas de renda dos programas habitacionais, veja as Regras e critérios Casa Verde Amarela.
Faça simulações em pelo menos três fontes, guarde prints das propostas e leia o contrato com calma.
Tipo | Pontos fortes | Pontos fracos | Ideal para |
---|---|---|---|
Bancos tradicionais | Estabilidade, acesso a FGTS/SFH | Processos lentos, burocracia | Quem busca taxas menores no longo prazo |
Financiadoras / Fintechs | Aprovação rápida, processo digital | Juros podem ser maiores | Quem precisa de velocidade |
Programas públicos | Subsídios, possibilidade de entrada zero | Faixas de renda limitadas | Famílias com renda baixa ou média-baixa |
Atenção: “sem entrada” não significa isento de custos. Leia a tabela de encargos e calcule o CET antes de fechar. Para conhecimento sobre o uso do FGTS, veja explicações sobre como usar o FGTS no financiamento.
Diferenças entre bancos tradicionais, financiadoras e fintechs
Bancos tradicionais: segurança, acesso a programas públicos, exigência de documentos e prazo de análise mais longo. Fintechs e financiadoras: agilidade digital, análise alternativa, menos burocracia, possivelmente taxas maiores.
Programas habitacionais e critérios
Programas como Casa Verde e Amarela podem oferecer entrada zero para quem se encaixa nas faixas de renda. Critérios básicos: comprovação de renda, ausência de restrições no CPF, destino do imóvel (residencial próprio) e documentação do imóvel. Imóveis usados têm regras diferentes.
Onde buscar informação oficial e simular propostas
Consulte simuladores da Caixa (FGTS e Casa Verde e Amarela), Banco do Brasil, sites das fintechs e portais de comparação. Tenha pronto: CPF, RG, comprovantes de renda, extrato do FGTS (se for usar) e matrícula do imóvel (se já tiver). Uma leitura útil sobre opções do Banco do Brasil está disponível em financiamento no Banco do Brasil.
Como encontrar propostas com juros baixos em financiamento sem entrada
Quer financiamento sem entrada com juros baixos? Não olhe só a taxa nominal; o CET e os seguros obrigatórios pesam no bolso. Pesquise em bancos grandes, cooperativas e financeiras digitais. Compare prazos e sistemas de amortização: prazo mais curto costuma reduzir juros totais.
Peça simulação detalhada com CET, tarifas, seguros e IOF discriminados. Observe o sistema de amortização (SAC ou PRICE). Se o banco oferece portabilidade, isso pode reduzir o custo sem mexer na entrada.
Use simulações como munição na negociação: apresente propostas concorrentes e peça redução de taxa ou isenção de tarifas.
Como comparar CET e taxas para escolher a melhor oferta
Compare sempre CET e taxa nominal lado a lado. A taxa nominal mostra custos financeiros; o CET engloba tudo: taxa, seguros, tarifas e impostos. Peça simulações para o mesmo valor e prazo para ver diferença no total pago.
Lembrete: o CET é sua lupa para ver o preço real do financiamento.
Item comparado | Taxa nominal (%) | CET (%) | O que aponta |
---|---|---|---|
Proposta A | 7,5 a.a. | 9,2 a.a. | Taxa baixa, CET alto por seguros |
Proposta B | 8,0 a.a. | 8,6 a.a. | Taxa maior, CET menor por tarifas reduzidas |
Para entender melhor o impacto das taxas, leia materiais sobre taxa de juros do financiamento imobiliário e utilize os Simuladores e calculadoras de crédito do Banco Central.
Estratégias de negociação com o banco
Negocie com números na mão. Leve pelo menos três propostas escritas e peça redução de taxa, isenção de tarifas e negociação de seguros. Proponha portabilidade se não houver acordo. Considere pequeno corte na taxa em troca de prazo maior ou contratação de outros produtos que você já usa no banco.
Lista prática ao negociar:
- Leve pelo menos três propostas escritas.
- Peça redução de taxa e isenção de tarifas.
- Negocie seguros (às vezes terceirizados ficam mais baratos).
- Solicite simulações de amortização para quitação antecipada.
- Considere portabilidade se o banco não alinhar a oferta.
Dica: mantenha tom firme e educado. Bancos preferem clientes que conhecem o jogo.
Ferramentas e simuladores para comparar juros e parcelas
Use simuladores oficiais de bancos, portais de comparação e calculadoras do Banco Central para ver parcelas, CET e fluxo de amortização. Salve simulações em PDF e leve para a negociação — são sua prova e ajudam a comparar com clareza. Consulte recursos e análises práticas no blog do portal.
Opções de financiamento sem entrada: consignado e sem comprovação de renda
Duas rotas distintas: consignado e linhas sem comprovação de renda. O consignado desconta direto do contracheque/benefício, reduz risco e costuma ter juros menores, mas compromete parte do salário. Linhas sem comprovação aparecem em fintechs e ofertas pessoais, usam análise alternativa e são mais rápidas, porém mais caras.
Compare antes de decidir. Um financiamento sem entrada parece livre, mas cada alternativa tem compromissos diferentes: taxa, prazo, amortização e impacto no orçamento.
Tipo | Quem oferece | Taxas comuns | Pontos-chave |
---|---|---|---|
Consignado | Bancos para servidores e INSS | Mais baixas | Desconto em folha; maior chance de aprovação |
Sem comprovação | Fintechs e ofertas pessoais | Mais altas | Análise alternativa; rapidez; risco de parcelas elevadas |
Atenção: escolha crédito que você consegue pagar.
Vantagens e limitações do consignado sem entrada
Trunfo: taxa reduzida por desconto em folha. Limitações: desconto mensal reduz poder de compra; teto de comprometimento pode barrar novas operações; menos flexibilidade em mudanças de emprego.
Linhas sem comprovação e riscos
Fintechs aprovam rápido usando dados alternativos; porém juros altos, parcelas curtas e menos proteção contratual são riscos. Pergunte sobre CET, multas e renegociação antes de assinar.
Passo a passo para solicitar consignado ou crédito sem comprovação
- Faça simulações em pelo menos três instituições e anote taxa e CET.
- Verifique orçamento e calcule comprometimento mensal máximo.
- Reúna documentos e envie apenas a instituições confiáveis.
- Peça contrato detalhado e leia cláusulas de multa e quitação.
- Assine só quando a parcela couber no seu caixa.
Como e onde buscar financiamento sem entrada — dicas práticas finais
- Simule em bancos (Caixa, Banco do Brasil), fintechs e portais de comparação.
- Use o FGTS quando for vantajoso; compare com outras alternativas — veja orientações sobre financiamento com FGTS.
- Guarde todas as propostas e comunicações por escrito.
- Reflita: financiamento sem entrada é ferramenta útil, não atalho sem preço.
Conclusão
Sim, é possível conseguir um financiamento sem entrada, mas isso tem custo. Não se deixe levar pela pressa; decida com dados e simulações. Compare CET, taxa de juros, prazo e sistema de amortização (SAC vs PRICE). Leia o contrato com lupa e atente para seguros, tarifas, reajustes e vencimento antecipado.
Preserve liquidez quando fizer sentido e considere consórcio, uso do FGTS ou linhas consignadas. Se for autônomo, organize extratos, notas e contratos. Se tiver nome sujo ou score baixo, avalie bancos públicos, cooperativas e fintechs — ou apresente avalista/garantia. No caso de veículo, lembre-se da alienação fiduciária e do risco de desvalorização.
Negocie sempre com propostas na mão. Use simuladores oficiais, peça três ou mais cotações e, se houver dúvidas, consulte um especialista. Tenha reserva de emergência e planeje o orçamento para os próximos anos — não apenas para o mês seguinte.
O financiamento sem entrada é uma ferramenta útil, não um atalho sem preço. Pese urgência, capacidade de pagamento e custo total. Para aprofundar e comparar propostas, leia mais artigos no blog do Regiao em Foco e em guias sobre financiamento de imóvel.
Perguntas frequentes (FAQ)
1) O que é financiamento sem entrada?
É um empréstimo para comprar imóvel ou veículo sem pagar entrada; o valor é pago nas parcelas.
2) Como me qualifico para um financiamento sem entrada?
Comprovando renda estável, boa pontuação de crédito (quando possível) e apresentando documentação do bem; autônomos usam extratos e notas — veja orientações para autônomos.
3) Quais taxas esperar em um financiamento sem entrada?
Taxas costumam ser mais altas: juros, seguro, tarifas administrativas e IOF. Compare CET.
4) Quais riscos tenho com um financiamento sem entrada?
Parcelas maiores, risco de comprometer renda e perda do bem em caso de inadimplência; variação de juros/reajuste pode aumentar a dívida.
5) Quais alternativas ao financiamento sem entrada?
Poupar para entrada, consórcio, financiamento com entrada menor, uso do FGTS, programas públicos e linhas consignadas — pesquise opções de financiamento com FGTS e outras linhas de crédito.